Psicoterapia, psicanálise e psiquiatria: afinal, qual a diferença?

6/6/20234 min read

   Geralmente, quem não é da área "psi" não entende muito bem a diferença entre psicoterapia, psicanálise e psiquiatria. Todos esses tipos de tratamento têm coisas em comum: há uma preocupação com o sofrimento mental do paciente, são espaço sem julgamento ou censura, visam à construção de uma maior autonomia do sujeito... parecem processos muito semelhantes. Então, existe uma diferença, afinal? A resposta é sim, e mais de uma.

        O termo psicoterapia é um termo genérico. Não existe um único tipo... Usualmente, utilizamos esse termo para nos referir ao processo que acontece entre um paciente e um psicólogo. A psicologia é uma ciência que trata dos estados e processos mentais, do cérebro, do comportamento humano e de suas interações com um ambiente físico e social. Existem diversas "abordagens teóricas" dentro dessa área (ou seja, perspectivas a partir das quais entendemos e conduzimos o estudo/tratamento de condições psíquicas), como a psicoterapia de base psicanalítica, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), gestalt-terapia, entre outras. A depender da abordagem teórica do profissional, a psicoterapia vai ser conduzida de uma forma ou de outra. Por exemplo, a psicoterapia de base psicanalítica não se trata de um processo de análise propriamente dito, mas preserva o olhar e algumas técnicas da psicanálise. 

       Já a psicanálise em si se trata de um campo clínico de investigação independente da psicologia. É comumente associada ao uso do divã. Mas vai além disso, e consiste em um método de tratamento desenvolvido por Sigmund Freud e aprofundada por muitos autores depois dele, que demanda maior protagonismo do paciente. Nas sessões, o sujeito dá livre vazão aos seus pensamentos, espontaneamente, sem se preocupar com a coerência ou com a conclusão do relato - é o que um psicanalista chama de associação livre. Esse deixar-se levar pelos pensamentos traz conteúdos antes ignorados - em grande parte, inconscientes - que serão interpretados pelo analista. Aqui, inclusive, a relação entre analista e paciente é fundamental - é a chamada transferência - pelo fato de que certas ideias e fantasias inconscientes vão aparecer na interação entre os dois, sem que o paciente perceba, muitas vezes. O objetivo não é a resolução de um problema, mas mudanças mais profundas no seu jeito de ser, na sua relação consigo e com o mundo.

     O que se pode esperar tanto de uma análise como de uma psicoterapia de base psicanalítica é entender melhor a estrutura daquele paciente, o funcionamento de seus processos inconscientes e ajudá-lo a escolher novos caminhos e possibilidades.

        Falando sobre o psiquiatra, ele é o profissional formado me medicina e especializado em transtornos mentais. Ele é quem pode prescrever medicamentos para os sintomas de determinado transtorno. Portanto, a psiquiatria é a área da medicina voltada para o tratamento psicofarmacológico de transtornos mentais e, além de comum, é recomendado que o tratamento psiquiátrico seja acompanhado por um processo psicoterapêutico, seja com um psicólogo ou com um psicanalista.

         Naturalmente, é possível passar por cada uma dessas experiências. Pacientes que passam com um psiquiatra procuram psicoterapia em grande parte dos casos. Também é comum que um paciente que passe por psicoterapia queira realizar uma análise. O importante é procurar ajuda profissional quando necessário.

   Geralmente, quem não é da área "psi" não entende muito bem a diferença entre psicoterapia, psicanálise e psiquiatria. Todos esses tipos de tratamento têm coisas em comum: há uma preocupação com o sofrimento mental do paciente, são espaço sem julgamento ou censura, visam à construção de uma maior autonomia do sujeito... parecem processos muito semelhantes. Então, existe uma diferença, afinal? A resposta é sim, e mais de uma.

        O termo psicoterapia é um termo genérico. Não existe um único tipo... Usualmente, utilizamos esse termo para nos referir ao processo que acontece entre um paciente e um psicólogo. A psicologia é uma ciência que trata dos estados e processos mentais, do cérebro, do comportamento humano e de suas interações com um ambiente físico e social. Existem diversas "abordagens teóricas" dentro dessa área (ou seja, perspectivas a partir das quais entendemos e conduzimos o estudo/tratamento de condições psíquicas), como a psicoterapia de base psicanalítica, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), gestalt-terapia, entre outras. A depender da abordagem teórica do profissional, a psicoterapia vai ser conduzida de uma forma ou de outra. Por exemplo, a psicoterapia de base psicanalítica não se trata de um processo de análise propriamente dito, mas preserva o olhar e algumas técnicas da psicanálise. 

     Já a psicanálise em si se trata de um campo clínico de investigação independente da psicologia. É comumente associada ao uso do divã. Mas vai além disso, e consiste em um método de tratamento desenvolvido por Sigmund Freud e aprofundada por muitos autores depois dele, que demanda maior protagonismo do paciente. Nas sessões, o sujeito dá livre vazão aos seus pensamentos, espontaneamente, sem se preocupar com a coerência ou com a conclusão do relato - é o que um psicanalista chama de associação livre. Esse deixar-se levar pelos pensamentos traz conteúdos antes ignorados - em grande parte, inconscientes - que serão interpretados pelo analista. Aqui, inclusive, a relação entre analista e paciente é fundamental - é a chamada transferência - pelo fato de que certas ideias e fantasias inconscientes vão aparecer na interação entre os dois, sem que o paciente perceba, muitas vezes. O objetivo não é a resolução de um problema, mas mudanças mais profundas no seu jeito de ser, na sua relação consigo e com o mundo.

     O que se pode esperar tanto de uma análise como de uma psicoterapia de base psicanalítica é entender melhor a estrutura daquele paciente, o funcionamento de seus processos inconscientes e ajudá-lo a escolher novos caminhos e possibilidades.

        Falando sobre o psiquiatra, ele é o profissional formado me medicina e especializado em transtornos mentais. Ele é quem pode prescrever medicamentos para os sintomas de determinado transtorno. Portanto, a psiquiatria é a área da medicina voltada para o tratamento psicofarmacológico de transtornos mentais e, além de comum, é recomendado que o tratamento psiquiátrico seja acompanhado por um processo psicoterapêutico, seja com um psicólogo ou com um psicanalista.

        Naturalmente, é possível passar por cada uma dessas experiências. Pacientes que passam com um psiquiatra procuram psicoterapia em grande parte dos casos. Também é comum que um paciente que passe por psicoterapia queira realizar uma análise. O importante é procurar ajuda profissional quando necessário.